terça-feira, 3 de novembro de 2009

A ECONOMIA DOS APLICATIVOS

Inside The App Economy: Mark Pincus, fundador da Zynga, empresa por trás do popular “FarmVille”

Uma edição da Business Week traz uma excelente matéria sobre o que chamam de “A economia dos aplicativos”, inexistente há apenas dois anos. De jogos tolos e pedaços minúsculos de código, na maior parte do tempo, sem utilidade, os aplicativos para celulares e redes sociais geram hoje fortunas para o seus empreendedores.

Com cerca de 100.000 softwares criados, grande parte na App Store da Apple, a economia dos aplicativos tornou-se um negócio altamente lucrativo para startups como Zynga, Playfish e Playdom. Além da atenção de investidores, as três companhias, juntas, geram um valor estimado em 300 milhões de dólares anuais com a venda de bugigangas digitais.

A receita é simples: conquiste muitos usuários com diversão gratuita, incentive a viralização natural, e venda itens digitais para permitir que os jogadores subam de nível. E acredite: qualquer jogador é obcecado por níveis.

“FarmVille” (61 milhões de usuários) e “Mafia Wars” (25.8 milhões), os mais populares apps no Facebook.

O mais popular nessa linha de jogo social é o “FarmVille”, da Zynga, que já tem 20 aplicativos do mesmo tipo lançados. No último mês foram cerca de 60 milhões de jogadores em busca de ter a fazenda mais próspera do Facebook. A matéria da BW ainda brinca: “Existem 20 vezes mais pessoas nos campos virtuais de FarmVille do que nas fazendas reais dos Estados Unidos.”

Esses números dão a Zynga um status de jovem Google, tanto em crescimento como na atmosfera proporcionada aos funcionários: chefs contratados para servir duas refeições ao dia, assim ninguém precisa perder tempo saindo na rua em busca de almoço, por exemplo.

Cada produto da Zynga, que eles próprios preferem chamar de serviço, serve como laboratório de teste para novas ideias. Todo e qualquer clique dentro dos aplicativos são registrados, o que permite aos desenvolvedores perceberem o impacto de cada pequena mudança. Quando começaram a vender sementes de batata-doce digitais em “FarmVille”, por U$ 5 o “pacote”, ganharam 400 mil dólares em três dias.

“Pet Society” (20.5 milhões de usuários) e “Restaurant City” (17.3 milhões), desenvolvidos pela londrina Playfish.

Outra maneira de conseguir as moedas de troca virtuais, além de acabar com o limite do cartão de crédito, é participar de ações de empresas parceiras de “FarmVille”, como instalar a toolbar de determinado site ou se cadastrar em outro.

É também da Zynga outro popular aplicativo de Facebook, “Mafia Wars”. Certamente você já recebeu dezenas de convites de amigos para participar da disputa virtual de gangsters. Já “Café World”, lançado recentemente, arrebatou 16 milhões de usuários nas duas primeiras semanas de existência (atualmente está com 24 milhões).

App Store: Mais de 85 mil aplicativos para iPhone e iPod Touch

A londrina Playfish é dona dos apps “Pet Society” (20.5 milhões de usuários) e “Restaurant City” (17.3 milhões). A estimativa da empresa, com rumores de que será comprada pela gigante Electronic Arts, é arrecadar 75 milhões de dólares ao ano.

A Playdom, de Mountain View, California, criou “Mobsters” (14 milhões de usuários), “Bumper Stickers” (11.7 milhões), “Own Your Friends” (10.1 milhões), entre outros. Esses três exemplos são para MySpace.

Fazer dinheiro com bens digitais não é nenhuma novidade, a internet e o universo dos games contam com dezenas de exemplos de conteúdo sendo vendido por um punhado de dólares. E não estou falando de jogos on demand, expansões para games high-end, canções para jogos musicais, etc, e sim de objetos com custo quase zero de produção. A grande diferença, agora, é que as possibilidades nunca foram tão amplas, sociais e lucrativas.


Li no Brainstorm9

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