A controvérsia sobre a sexualidade da campeã de atletismo Caster Semenya, recorde mundial dos 800 metros rasos, produziu um novo e desconcertante resultado: a extensa quantidade de testes indicaria que a desportista é pseudo-hermafrodita. Ou seja, tem simultaneamente características masculinas e femininas.
De acordo com os resultados dos testes, Semenya não tem ovarios nem úteros, mas tem mas tem testículos ocultos internamente que produzem testosterona, ou seja hormônios masculinos. Estes resultados poderão ameaçar a fulgurante carreira da adolescente sul-africana, que se tornou campeã do mundo dos 800 metros no último mundial de atletismo em Berlim.
Os exames concluíram que Caster Semenya é portadora de uma deficiência cromossomática que lhe confere, de forma simultânea características masculinas e femininas. Um pseudo-hermafrodita só tem ou testículos ou ovários e os genitais externos pertencem aos do outro sexo, enquanto um hermafrodita tem simultaneamente ovários e testiculos.
Testes preliminares já tinham adiantado que Semenya possuía níveis de testosterona três vezes superiores aos que normalmente se detectam num organismo feminino.
A atleta, que esta semana apareceu na capa de uma revista do seu país envergando um vestido preto, maquiada e penteada, já foi informada dos resultados.
O porta voz da Federação Internacional de Atletismo, disse que deve ficar claro que Caster é uma mulher, "embora talvez não cem por cento. Temos que aprofundar os estudos para saber se ela não leva vantagem pelo fato de ficar entre os dois sexos, comparada com as outras atletas".
Existe dúvida se a atleta deverá conservar a sua medalha de ouro ganha em Berlim, nos 800 metros femininos. Mas para evitar mais polêmicas é possível que a sul-africana mantenha a medalha, só que poderá vir a ser impedida de participar em futuras provas femininas.
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